Diretores e associados da ASTEN foram até o Aterro de Resíduos Inertes da Prefeitura de Sorocaba, no último dia 1º de abril, para conhecer o funcionamento do aterro e das cooperativas que atuam no local. “Foi uma oportunidade de trocar experiências e aprender mais sobre a gestão de RCC (Resíduos da Construção Civil)”, disse o presidente da ASTEN, Gérson Luíz Alves Pinheiro.
O aterro de Sorocaba tem quase 10 anos de funcionamento. Localizado numa área de 8 alqueires o local recebe cerca de 2.500 metros cúbicos de resíduos por dia, o equivalente a cerca de 450 caçambas de 5 metros cúbicos. Parte desses resíduos é triturado numa usina, que funciona dentro do próprio aterro. O material resultante dessa tritura é usado pela prefeitura para recuperação de estradas. A taxa de descarte custa R$ 6,16 o metro cúbico.
A cidade tem cerca de 70 empresas de transporte de resíduos regularizadas e cadastradas na prefeitura. Estas empresas são obrigadas a apresentar na portaria do aterro o CTR (Controle de Transporte de Resíduos).
Segundo o responsável pelo aterro, Alcides Lourenço Filho, a maior parte da operação é bancada pela Prefeitura e gera um custo de cerca de R$ 240 mil mensais, para os cofres municipais.
O aterro é gerenciado por duas empresas: a Ambitec (Ambiente Tecnológico) e a Ambipar (Parceiros do Meio Ambiente). Estas duas empresas venceram um processo de licitação para tocar o negócio. Elas são responsáveis por parte do quadro de funcionários e dos equipamentos usados no aterro, como: caminhões, recicladoras, pás carregadeiras, entre outras.
A segregação e a destinação final são feitas por três cooperativas: a Coopereso (Cooperativa de Egressos), a União Cooperativa e a Cooperativa Corrente. Juntas elas empregam 45 pessoas.
Como funciona
Na portaria do aterro o motorista do caminhão apresenta o CTR e especifica o tipo de resíduos (limpo ou sujo). Em seguida o resíduo é encaminhado para uma das duas áreas, do local. A limpa para segregação e a suja uma erosão que está sendo aterrada.
Segundo Lourenço Filho, o forte do aterro são as madeiras, que são separadas pelos cooperados e destinadas às empresas Eucatex e Salmeron, esta última localizada no município de Iperó.
O restante do material, como plásticos, pets, entre outros, também são segregados e enviados para empresas de reciclagem.
Cooperativas
Alexandre de Melo, presidente da Cooperativa Corrente, que trabalha no local há 9 anos, disse que nessa cooperativa trabalham 16 pessoas. Para não haver conflitos com a outra cooperativa, eles trabalham apenas 15 dias, cada uma.
“O trabalho é muito pesado. Trabalhamos 15 dias e a outra cooperativa os outros 15. Destinamos o material quinzenalmente, recebemos e dividimos o dinheiro entre os cooperados”, disse ele.
Conforme ele, o negócio já foi lucrativo e atualmente além de ganhar pouco ele tem dificuldade de encontrar mão de obra.
“É muito difícil. O trabalho é pesado. Trabalhamos das 7h às 17 horas para ganhar cerca de $ 70,00, ao dia”, afirmou.
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